Tipos
NARRAÇÃO
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu
num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a
objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O
tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as
que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida,
até as piadas do cotidiano.
DESCRIÇÃO
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais
utilizada nessa produção é o adjetivo,
pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de
anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a
imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da
personagem a que o texto se refere.
DISSERTATIVO
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,
discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos
expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o
texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não
está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento,
sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também
persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto
dissertativo-argumentativo.
EXPOSIÇÃO
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica,
avalia e reflete (analisa ideias). Não faz defesa de uma ideia, pois esta é
característica do texto dissertativo. O texto expositivo apenas expõe ideias
sobre um determinado assunto. Com a mescla do texto expositivo com o texto
narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex: Aula, relato de experiências, etc.
INFORMATIVO
O Texto informativo tem a função de informar o leitor a respeito
de algum fato, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos
informativos, propagandas. Diferencia-se do texto expositivo por não expor
ideias. O texto informativo informa algo, expõe uma informação, e pode
apresentar uma análise desta informação implícita no texto, porém jamais faz
uma análise imparcial nem defende alguma ideia. Características Básicas são:
uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa e predomínio da linguagem
clara.
Ex: ensaios, artigos científicos, notícia, etc.
INJUNTIVO
Indica como realizar uma ação.
Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza
linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também
o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo,
receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.
Outros Tipos de Textos
Não há outros tipos de texto senão os citados acima. Ao contrário
do que se imagina, existem apenas 6 tipos textuais. Diálogo, relato,
entrevista, explicação, entre outros, são Gêneros Textuais.
Poesia e Prosa são Formas
Literárias ou Formas Textuais.
Texto épico, dramático e lírico são Gêneros Literários.
Geralmente, percebe-se uma confusão entre os conceitos de 'Gênero
Textual' e 'Tipo Textual'. Existem apenas 6 tipos de textos, que são os citado
acima. Tipo de texto ou tipo textual é o conteúdo do texto e o formato padrão
comum dele. Gênero textual é a forma variada do texto. Um gênero textual não
tem quantidade limitada: pode surgir um novo a qualquer momento. Qualquer
pessoa pode "criar" um novo gênero textual, porém tipo não. Só são
identificadas seis modalidades redacionais, que são justamente os seis tipos
textuais citados acima.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os
textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente
reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características
comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em
situações específicas. Gênero
Textual ou Gênero de Texto se refere às diferentes formas de
expressão textual. Nos estudos da Literatura,
temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, narrativa ,etc.
Para a Linguística,
os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de
uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a
carta pessoal, a conversa telefônica, o e-mail, e tantos outros exemplares de gêneros
que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas
encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos
composicionais.
Schneuwly e Dolz publicaram um quadro onde as tipologias são
cruzadas com os gêneros. Desse quadro é possível deduzir que é tão importante
ensinar as tipologias quanto os gêneros. Para os dois autores, há cinco
tipologias que é preciso considerar no ensino de língua. Cada uma dessas
tipologias é mobilizada pelas pessoas que se comunicam em diferentes gêneros,
mas cada gênero exige um maior ou menor domínio de cada uma delas. É importante
considerar que usamos todas essas capacidades em gêneros diversos. Por exemplo,
num conto, usamos predominantemente a capacidade de narrar, mas podemos colocar
personagens discutindo um assunto, e então aparecerá a capacidade de
argumentar.
Gêneros textuais
Gêneros textuais são
textos de qualquer natureza, literários ou não-literários.
Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções
sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de
organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros
textuais: anúncios, convites, atlas, avisos, programas de auditórios, bulas,
cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios,
entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de
uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no
mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com
características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero
discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e
coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos
pertinentes ao gênero em questão
GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS NA ESCOLA
Domínios
sociais de comunicação
|
Aspectos
tipológicos
|
Capacidade
de linguagem dominante
|
Exemplo
de gêneros orais e escritos
|
Cultura Literária Ficcional
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Narrar
|
Mimeses de ação através da
criação da intriga no domínio do verossímil
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[Conto Maravilhoso], Conto de
Fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica,
narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada,
biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto,
crônica literária, adivinha, piada
|
Documentação e memorização das
ações humanas
|
Relatar
|
Representação pelo discurso de
experiências vividas, situadas no tempo
|
Relato de experiência vivida,
relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia,
curriculum vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica esportiva,
histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia
|
Discussão de problemas sociais
controversos
|
Argumentar
|
Sustentação, refutação e
negociação de tomadas de posição
|
Textos de opinião, diálogo
argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal,
debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de
acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados,
editorial, ensaio
|
Transmissão e construção de
saberes
|
Expor
|
Apresentação textual de
diferentes formas dos saberes
|
Texto expositivo, exposição
oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de
especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de
notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório
científico, relatório oral de experiência
|
Instruções e prescrições
|
Descrever ações
|
Regulação mútua de
comportamentos
|
Instruções de montagem,
receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos,
textos prescritivos
|
Sempre que nos manifestamos
linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um
gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo
algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral
ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As
práticas sociais é que determinam o gênero adequado. Mas o que então pode ser
classificado como gênero textual? Pode–se dizer que os gêneros textuais estão
intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como mecanismo de
organização das atividades sociocomunicativas do dia-a-dia. Assim
caracterizam-se como eventos textuais maleáveis e dinâmicos. Vejamos: Nas
sociedades modernas, trabalho e obtenção de dinheiro estão intrinsecamente
ligados. Por isso, muitas vezes não percebemos que algumas de nossas atividades
cotidianas não remuneradas também são trabalho. O trabalho representa, na
sociedade em que vivemos, para cada indivíduo, uma forma de se situar na
sociedade, sendo ele remunerado ou não. Por isso trabalho é parte integrante da
vida de cada um de nós. Nessa perspectiva, a linguagem é um dos nossos mais
relevantes trabalhos.
FONTE: